quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Fábrica de Sonhos




Recebi cópia de publicação destinada a médicos residentes, enviada por um amigo do Ministério Público da Bahia. Nele, as expressões "Viva um sonho", e a explícita negativa de qualquer possibilidade de fracasso. Para completar: "Não tema o fracasso. No seu caso, ele, por definição, não existe, você é médico!".

Nada contra essa valorização interna da profissão. Mas a contínua negativa em ver que a realidade é outra, e que uma preparação, inclusive para eventuais falhas, é necessária, abre caminho para o desastre. A responsabilidade civil médica hoje, é tema recorrente nos tribunais, e um mínimo de cuidados com o gerenciamento do risco jurídico na profissão se faz necessário a todos - todos - os profissionais. Recusar-se a enxergar isso, e continuar pregando - contra todas as evidências - a infalibilidade, é viver perigosamente.

Não seria melhor dizer, por exemplo: não tema o fracasso, mas acautele-se em relação às conseqüências que este pode trazer para o paciente?

Pena que algumas entidades pensem exatamente o contrário.

Enfim, é uma opinião. Posso estar enganado, mas prefiro a cautela.

3 comentários:

Unknown disse...

Já li vários artigos escritos pelo Dr. Eduardo Dantas. Realmente aparenta saber os meandros do Direito Médico. Entretanto, sugiro que complemente sua formação estudando as regras básicas da nossa língua pátria, vez que tenho encontrado muitos erros gramaticais. Se estudar as regras básicas de semântica e morfologia escreverá de maneira escorreita.

Unknown disse...

meu texto tem erro... será capaz de apontar?

Unknown disse...

Acredito que houve uma interpretação equivocada do texto. O documento original é de um Curso Preparatório para Provas de Residência (Medgrupo). A idéia central do texto é não temer a possibilidade de não passar nas provas, afinal, isso não impede o médico de trabalhar. A Residência Médica não é obrigatória. Não tem relação nenhuma com o fracasso enquanto profissional. Basta entrar no site do medgrupo (www.medgrupo.com.br) e LER O TEXTO INTEIRO. Facilmente perceberá que interpretou a frase de forma errada.